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Ciclo Vicioso

O nosso calhambeque tem andado um bocado parado nos últimos tempos, pelo menos no que toca à política, como resultado disso o número de visitantes tem diminuído.

Ora eles vêm menos porque nós não escrevemos nada, mas nós não escrevemos nada porque o nosso novo governo ainda não fez nada de jeito (tirando o nosso ministro dos negócios estrangeiros, claro está).

O problema é que os nossos governadores, que também visitam este nosso humilde calhambeque, vêm que nós não fazemos posts sobre eles, logo pensam: Porra, então nada????? É melhor estar quietinho porque se sou o 1º a fazer alguma coisa eles lincham-me.

Ora como eles não fazem nada, a população não procura notícias sobre eles, porque elas não existem. Como tal, elas não procuram os meios de comunicação dos quais faz parte o nosso blog.

Como ninguém cá entra para ler, então nós também não sentimos necessidade de escrevermos nada. E se nós não escrevemos nada, então ninguém lê nada, e portanto não fica a saber o que o governo fez ou não fez. O governo por sua vez não sabe se elas sabem ou não se ele fez alguma coisa ou não. Como não está nada escrito, ele pensa que não é devidamente apreciado, e como tal, amua e não faz nada. E como não faz nada , nós não falamos dele, logo ninguém lê nada sobre ele.

Conclusão, somos todos um bando de preguiçosos, mas como eu até estou bem sem fazer nada, apenas posso dizer: “Anda lá Sócrates, trabalha que é para isso que te pagamos, e por sinal, muito bem”

A seguir a isto vou tomar as gotas. Primeiro porque fazem bem e depois porque senão tenho que ouvir a Dóris.


P.S. – Se alguém está neste preciso momento a questionar-se sobre o que raio se passou acima, tenho apenas a dizer em minha defesa que foi um ataque de saudosismo. Estava com saudades daqueles debates em que alguém sabia que o outro sabia que ele sabia que o outro sabia que ele sabia (…) que alguém sabia que todos sabíamos do que sabiam eles acerca do que nós sabíamos (… 50 minutos mais tarde…) que todos sabíamos o que eles sabiam…

Ora, como já não existem debates ou afirmações como estas, até porque o governo já não faz promessas, apenas estabelece objectivos, achei por bem vivermos os bons velhos momentos.

Chamem-me velho gá-gá se quiserem. Eu não me importo, fico sempre emocionado com isto.

postado por H. E. Grupes @ 23:48

Aprender com os erros

Em Lisboa 2 indivíduos envolveram-se numa discussão junto a uma bomba de gasolina. A seguir deu em porrada! Por fim, deu em tiros! Um dos homens morreu. Quem morreu foi aquele que levou os tiros... O outro, arrependeu-se e pôs-se a pedir desculpa. O que é que apetece dizer sobre isto?
Ora aí está, alguém que sabe reconhecer os erros! É de louvar! Sim senhor! Fez mal em ter dado os tiros... mas sabe que fez mal! Isso é que é importante!

O ideal teria sido ele reconhecer um outro erro que cometeu! Foi o erro de pontaria, porque em 3 tiros à queima roupa, só acertou 2... e um deles, só foi na mão. O que ele tem a fazer é ir para casa reflectir nas suas acções... e para a semana que vem, deve ir praticar para um campo de tiro! P’rá próxima não volta a fazer o mesmo!

postado por Marco @ 17:26

O S. Pedro odeia-me!

É oficial! O S. Pedro odeia-me! Todos os que têm o azar de conviver comigo sabem disto!
Alguma vez se perguntaram porque é que as previsões dos metereologistas falham muitas vezes? Pois é... É por minha causa. Pode estar previsto um dia de sol bestial, mas se eu planear um belo de um piquenique para esse dia, vai chover até mais não! Não falha! Mas o contrário também acontece. Se por acaso, num outro dia qualquer, é suposto estar um frio de rachar, lá saio eu todo contente com a roupa mais quente que tenho e ZÁS... um dia de sol lindo e um calor insuportável!

Chamem-me maníaco da perseguição, mas isto não pode acontecer por acaso!
Eu tenho a impressão que sou o PALHAÇO do S. Pedro. Ele no fundo, só está bem a gozar comigo... A humilhar-me... Eu sou assim, tipo... a bola de farrapos que ele usa para se divertir... Um fantoche no seu teatrinho sádico e infernal...

Eu parece que o estou a ver debruçado na sua nuvenzinha a olhar cá pra baixo à espera que eu saia de casa. Mal ponho o pé cá fora, ele olha para mim, vê como eu estou vestido, e troca-me as voltas. Se vou todo pimpolho com uma T-Shirt toda pipi, o gajo manda-me com uma bruta de uma chuvada em cima... E depois ri-se! Aposto que acorda a vizinhança toda lá no céu a rir-se e exclamar coisas do género: "Olha-me aquele palhaço! Todo molhado! Morcão! Queres uma toalha, ó meu animal?!"

Eu quando quero marcar férias, já sei como é. Tenho de dizer a todos os meus amigos que vou para neve e que quero mesmo mesmo mesmo mesmo mesmo que esteja muito frio, para vir um calor de 45 graus à sombra e eu poder ir para a praia. Nunca falha!

Meus amigos, ajudem-me! Se por acaso tiverem uma cunhazita qualquer lá no céu, digam qualquer coisa. Estou tão desesperado que já pensei em ir à papelaria ali da esquina e mandar plastificar-me... Assim tipo como fazem aos cartões... Assim, pelo menos, já não me preocupava com a chuva.

A única coisa que eu não entendo é porquê que ele me faz isto! Eu não sou assim tão mau. Ok, às vezes não dou passagem às velhinhas que estão na passadeira e já meti uma mosca dentro de um copo... Mas será isso suficiente para ter o S. Pedro à perna?! Ou, se calhar, fui Judas numa outra encarnação... Mas mesmo assim, acho que não era motivo suficiente.
Ah! Já sei! Houve uma vez que eu estava com muito muito muito sono e estava a ver um discurso do Louçã. A certa altura lembro-me de ter comentado que o homem até tinha razão.
Pronto... foi isso! Sim, se calhar foi isso... Estou feito!

postado por Johny @ 15:44

Promoção... é no Alentejo!

Parece que anda uma onda de assaltos no Alentejo. Um café foi assaltado 6 vezes desde Outubro!!
Será que os assaltantes julgam que existe uma promoção do género: "Game 10 vezes, Ganhe um rissól!!" ?

postado por Marco @ 22:54

Comemoremos

Aproveito este momento de calma vivido neste nosso Portugal, bem como o facto de nós, aqui no calhambeque, andarmos um pouco mais pachorrentos, para comemorar algo que a todos os viajantes motorizados, e a nós em particular (sim, porque nós conduzimos muito o nosso calhambeque), diz respeito.

Entrou hoje em vigor o novo código de estrada. Posso sem dúvida afirmar que tal acontecimento me deixou completamente extasiado e deleitado, em suma felicíssimo da vida.

Porquê?

Porque finalmente temos um código que se adapta perfeitamente à realidade vivida nas nossas estradas. Ao contrário do desajustado código que a este precedeu, o actual faz-nos lembrar que tal como o valente condutor se aventura nas nossas belas estradas com cautela, também nós nos temos que acautelar quando percorremos o novo código, não vá acontecer um percalço e, Záss, enfiarmo-nos por um buraco "adentro".

Pois é, um código com tantas falhas no pavimento como as nossas estradas e que, ainda por cima, foi aberto ao público neste estado, aliás, como já vem sendo típico no bom velho Portugal (alguém ainda se lembra do Colombo?????.....)

Bem, deixo-vos a beber o vosso “champagne” nesta altura comemorativa (viva o código da estrada) e, para os mais cristãos... Boa Páscoa.

postado por H. E. Grupes @ 21:33

Pronto-a-vestir

Que mania é essa de chamar as lojas de roupa, "pronto a vestir"?! O que é uma loja "pronto a vestir"? É uma loja onde a roupa pode ser vestida... prontamente?
Mas então, existem lojas que não são "pronto a vestir? Chega o cliente:
- Hmm... gosto desta camisa! Fica-me bem! Quando é que as mangas estão prontas?
- Daqui a umas 4 horinhas!
- Óptimo! Eu espero!

Também deve haver a modalidade "faça você mesmo":
- Se quiser levar as calças prontas são 50 euros! Se preferir levar apenas a perna direita são 30!

postado por Marco @ 16:14

Medicamentos & Hipermercados

Aqui no Calhambeque Amarelo não nos cansamos de vos dar todas as notícias em primeira mão!
Desta vez, tivemos acesso ao guião do próximo anúncio de uma conhecida cadeia de hipermercados onde eles publicitam a sua novíssima gama de produtos.

A pensar em si, o Pingo Doce traz-lhe a Feira dos Produtos Farmacêuticos...
Não deixe de experimentar a nossa Aspirina Pingo Doce por apenas 3 euros o kilo;
Os mais frescos comprimidos de Paracetamol importados do Chile podem ser seus por apenas 2 euros o kilo;
E a pensar nos mais novos, Ben-U-Ron supositórios por 2,5 euros o kilo.
Aproveite esta promoção e leve também duas embalanges de Antigripal pelo preço de uma.

...Esta semana, no sítio do costume.


Outra conhecida cadeia de hipermercados também se resolveu juntar à festa e nós, mais uma vez, conseguimos deitar a mão ao seu spot publicitário. Este spot é na forma de música, na mesma onda dos seus anúncios anteriores. Acho que estamos perante mais um sucesso garantido!

Bem vindos ao mundo encantado dos remédios
Onde há pílulas, Xanax e Aspirinas
Os putos todos pedrados com Prozac e Benzodiazepinas

O mundo dos remédios é no Continente
Onde tudo dá náuseas e azia
Remédios, remédios, eles são a nossa maior alegria!

postado por Johny @ 14:01

Clichés de Terror

Fui ontem assistir à ante-estreia do filme "The Ring 2" (sim, VIPs como eu vêem os filmes nas ante-estreias). Mas descansem, caros amigos, que não vou aqui armar-me em crítico de cinema. Deixo isso para quem é pago para o fazer... (e pensar que há gente que é paga para criticar... sortudos!).

Para aqueles que já conhecem a saga, quero só deixar aqui uma notícia que me contaram ontem. É que querem fazer uma versão portuguesa do "The Ring" (O Anel, portanto) e no papel de Samara (a miúdinha arrepiante) vai estar, nem mais, nem menos do que Simara! O pessoal achou piada à parecença dos nomes e resolveu convidá-la. O único problema que estão a ter é que não conseguem enfiar a Siamara dentro de um poço e muito menos pô-la a subi-lo!

Mas notícias à parte, em vez de me pôr aqui a falar sobre ESTE filme especificamente, decidi falar-vos um pouco sobre as questões que me inquietam neste género filmes. Há uma série de pequenos clichés e manias que se repetem em quase 99% dos filmes de terror e que fazem com que a mesma pergunta surja na minha cabeça vezes sem conta: "O que é que estes gajos andam a fumar?!"
Deixem-me mostrar-vos o que quero dizer:

1º Cliché - "O quarto escuro"

Não há um único filme de terror que não se passe, pelo menos metade do tempo, no escuro. Até aqui, tudo bem... Afinal de contas, fantasmas e monstros não têm grande impacto à luz do dia (a Paula Bobone não conta, ok?). O que me chateia nisto é que as personagens destes filmes vão SEMPRE aos locais ditos assustadores durante a NOITE. Porquê?! Eles podiam perfeitamente esperar pela manhã para ir lá, mas não... Eles insistem em ir de noite!

Protagonista: Bem, agora que estamos todos aqui a salvo e que nada de mal nos pode acontecer, temos de voltar à casa abandonada que fica no meio do Cemitério da Má Sorte, perto do Penhasco dos Espíritos...
Personagem Secundária: Mas é de noite! Já são 3 da madrugada! O que queres ir lá fazer?
Protagonista: Lembrei-me que deixei lá cair um par de meias que trazia no bolso... Temos de o recuperar!
Personagem Secundária: Mas não podemos esperar que amanheça para fazermos isso? São só umas meias!
Protagonista: Não discutas! Temos de ir lá agora! O destino da humanidade depende das minhas meias!

E como se isto não bastasse, os gajos levam as suas lanterninhas minúsculas para dar ainda mais impacto à cena. O que se verifica muitas das vezes é que eles entram nos locais/edifícios onde TODA A GENTE SABE que vai acontecer alguma coisa de assustador e mau e nunca há a porra de uma luz! Mesmo que a cena se passe num local onde há duas cenas atrás havia luz eléctrica, o herói do filme nunca se dá ao trabalho de procurar pelo interruptor e acender uma lâmpada... nunca!
A sensação que me dá é que os filmes de terror não têm lá grande orçamento e então eles têm de poupar na electricidade!

Protagonista: Pronto! Já cá estamos... Agora vamos acender as nossas mini-lanternas e procurar pelas minhas meias!
Personagem Secundária: Olha lá, e se acendessemos as luzes?
Proganista: Luzes?! Não! Isso é para mariquinhas, pá! As lanternas chegam perfeitamente!
Personagem Secundária: Mas olha... O interruptor está mesmo aqui! É só chegar aqui e carregar...
Protagonista: NÃO! Tu sabes quanto é que pagamos de luz o mês passado, sabes?! Deixa lá a porcaria do interruptor e usa a lanterninha!

2º Cliché - "Eu não tenho medo de nada!"

A imagem do herói destemido também já se tornou num hábito chato e perfeitamente irrealista neste género.
Normalmente temos um ou uma jovem que sempre teve medo aranhas, sange e filmes de zombies, mas que, a partir do momento em que se envolve no enredo, vira um ser destemido que se mete em tudo o que é sarilho com mortos, monstros e serial-killers munidos de moto-serras, muitas vezes sem saber muito bem o que está a fazer!
Depois, há sempre aquela altura no filme em que a pessoa tem a oportunidade de escolher entre fugir a sete pés da situação e fazer de conta que não é nada consigo, ou armar-se em herói e tentar salvar a humanidade... Enquanto qualquer um de nós escolheria a primeia opção, os tipos destes filmes de terror são estúpidos e vão sempre pela segunda hipótese.

3º Cliché - "A miúda gadelhuda morta de camisa de dormir branca"

Este último cliché é mais recente, mas já se está a tornar irritante. Nos últimos anos temos assistido a uma vaga de filmes de terror que envolvem miúdas com cabelo espigado e com camisas de noite brancas até aos pés a levitar no fundo de corredores e a matar pobres inocentes.
Eu confesso que me arrepio com estas miúdinhas, facto que me deixa algo preocupado.
Porque é que havemos de ter medo de um chavala de 8 anos que nunca cortou o cabelo e tem sérios problemas de atitude? A conclusão a que eu cheguei é simples, mas perturbadora:
Todos nós temos um cabeleireiro escondido dentro de nós! Durante o nosso desenvolvimento, esse lado pode revelar-se e nós, ou viramos, de facto, cabeleireiros, ou ficamos como o José Castelo Branco. Quando esse nosso lado não se revela, fica escondido e recalcado, mas poderá surgir em qualquer altura! É o que acontece quando vemos estas miúdinhas. Perante um cabelo tão feio e gadelhudo, ficamos horrorizados:

"Ai que horror!!! Que cabelo mal tratado!!! Nem consigo olhar! Ai se fosse minha filha!! Ai que horror!!!"

No mínimo, preocupante...

Agora se me dão licença, vou ali atender uma cliente que está à minha espera para fazer uma permanente...

postado por Johny @ 18:15

Pensamento profundo

Será que o tamanho dos pés dos Hobbits é proporcional ao chulé que emanam?
O dinheirão em desodorizante que aquelas almas gastam...

postado por Marco @ 11:16

Sobre o post do CU

Aparentemente já andavam por aí a circular outros documentos acerca de um determinado CU. Pelo menos foi o que me disseram e não tenho razão para duvidar das minhas fontes (se bem que pensando bem....).

Assim sendo vejo-me obrigado a pedir desculpa aos criadores de tais documentos. Não vos plagiei, mas mesmo assim. O que se passou foi que, aparentemente, chegamos às mesmas conclusões acerca deste assunto. Ou isso, ou fomos todos vitimas de um mesmo delírio colectivo que se passou em alturas diferentes (esquisito não????).

Não obstante da possibilidade em cima referida, eis que me passou pela cabeça uma outra hipótese. Ora, e isto é meramente especulativo porque eu não li tais documentos, e se o CU a que eles se referiam não era o Código Universal (a que de futuro me referirei como 1º CU) e sim o Cartão de Utente (2º CU)?

Neste caso o meu post era e é totalmente válido, porque, apesar de serem ambos CU, eles não são iguais.

Senão vejam:

O 1º CU é para toda a gente, já o 2º CU só se encontra disponível para as pessoas inscritas no serviço nacional de saúde. Para além do mais, ninguém tem ainda o 1º CU, mas estou certo que quando for possível adquiri-lo todos o irão obter; já o 2º CU, embora disponível para muitos, não foi ainda requisitado por todos. Logo nem toda a gente pode mostrar o seu 2º CU nos serviços apropriados. E mesmo os serviços em que o seu uso está disponível ao utente, não proporcionam a utilização da totalidade do seu potencial (do 2º CU). Uma outra diferença obvia é o facto do 1º CU ter sido criado para ser introduzido nos diferentes equipamentos em que pode ser utilizado, já o 2º CU foi criado para ser passado nas ranhuras das máquinas apropriadas, isto pelo facto de ser mais físico que o 1º CU.

Bem, de qualquer das formas ambos os CUs tem como função facilitar a vida dos seus utilizadores, qualquer que seja a utilização que estes lhes dêem.

Espero que não me tenham levado a mal, é que realmente não foi plágio ou apropriação da obra de outros autores. Além do mais, achei por bem dar tal informação aos nossos leitores (aos do calhambeque), sem no entanto poder imaginar tal possibilidade, isto porque, para mim os CUs não são um lugar comum, e portanto falar nesse assunto não me é muito normal. Aparentemente, os outros autores só pensam no CU, mais, eles acham aceitável gozar com os ditos CUs, o que a meu ver é deplorável. Não acho bonito gozar com o CU seja ele qual for e de quem for.

postado por H. E. Grupes @ 18:25

Acrónimos e o Código Universal

Como todo o bom português bem o sabe e melhor o faz, sempre que estamos na presença de um acrónimo (A.K.A. Sigla - adaptado livremente) temos a mania de a ler como uma única palavra. Claro que tal apenas é válido para Siglas com consoantes e vogais, de preferência intercaladas de forma legível. (Ahhh!!!!!!, todos os “de”s e “para”s são omitidos para evitar a confusão).

Exemplificando o que quero dizer

HGSA – lê-se “agá gê ésse á” (fonética)

Já

ICBAS - lê-se “Iquebas”

(a escolha de tais palavras foi perfeitamente aleatória não existindo quaisquer segundas intenções)

Ambos são acrónimos, mas o segundo é mais propenso a ser lido como uma palavra única ao passo que o primeiro é, muito provavelmente, na maioria dos casos soletrado.

Mas a esta altura do campeonato provavelmente já devem estar a interrogar a razão que me levou a ir buscar tal assunto. Serei eu parvo, impulsivo e incapaz de pensar um bocadinho antes de escrever o que quer que seja? Bem, isso até é verdade, mas desta vez fui contra a minha natureza e gastei um tempinho a meditar sobre o assunto que aqui me trás. Foi por tal razão que fiz esta pequena introdução gramatical. Por isso, e porque o assunto é deveras perturbador e possivelmente Life-changing.

Mas passando ao assunto que aqui me trás. O Código Universal (CU)

Está previsto o lançamento, pelo menos em Portugal, de um código que sirva para tudo o que se possa querer fazer e que requeira um código. O Código Universal (codename) A.K.A. CU é pessoal e intransmissível. Claro que não existem datas previstas para o seu lançamento, mas tal projecto consta dos planos do governo há já alguns anos. Portanto preparem-se para levarem com o CU em cima. O positivo é que, supostamente isto vai diminuir a burocracia. Esperemos que sim.

Mas afinal o que é o CU?
O CU é um código atribuído a um individuo particular e que servirá, aquando a sua implementação, para os mais variados fins, desde pin de telemóvel até pin de Multibanco, passando por um sem número de actividades em que possa servir de identificação. Por outras palavras, o CU é polivalente e presta-se a muitas potenciais utilizações.

Já estou a ver um polícia na rua, mandar parar o veículo em que se desloca e muito calmamente dizer:

- Ora, deixe-me ver o livrete, e o seu CU
- Pois sim senhor veja lá…

Ou então nas lojas depois de uma compra

- Ora como deseja pagar?
- Olhe, meta no CU…

Ou ainda no serviço de Urgências.
- O paciente está em risco passa-me aí o CU dele para ver o registro!!!

Bem, o certo mesmo é que o nosso CU, vai andar de mão em mão sob a forma de cartões e objectos similares, pois sempre que os usarmos lá vamos ter que inserir o CU na máquina para podermos fazer as acções desejadas.

Claro que não podemos andar por aí a dar o nosso CU a torto e a direito porque sabe-se lá o que as outras pessoas poderiam fazer com ele.

E existe sempre o perigo de alguém nos roubar o CU e de o andar a usar por aí, sem apelo nem agravo.

Têm que ser no, mínimo, instituídas medidas de segurança que impeçam o roubo do nosso CU, ou se tal não for possível, pelo menos que impeçam o uso indevido deste.

A título pessoal, sempre achei o nome Código Universal demasiado fácil e pouco explicativo. Por isso mesmo acho que deveríamos pressionar o Governo para instituir um nome mais adequado, por exemplo: Pin Individual para Livre Acesso ou PILA. É mais comprido que CU mas acho que se percebe melhor para que serve.

Nomes à parte, eu estou ansioso por receber o meu CU e vocês não????

postado por H. E. Grupes @ 23:48

"Tá todo lá dentro" - Director's Cut

postado por Johny @ 20:53

Isto já me tá a chatear!

Juntem-se a mim e vamos processar os Gato Fedorento! Isto está a ficar chato!

De certeza que já estiveram na situação de relatar qualquer coisa a alguém, e a certa altura dizerem: “ ...e o gajo disse, Ah, e tal! E fez isto e aquilo e não sei quê!...” – e a pessoa para quem estão a falar manda um sorrisinho, como que a dizer: “estás a armar-te em engraçadinho a imitar os Gato Fedorento!”
Eu não estou a imitar coisa nenhuma! Estas expressões sempre existiram! Só por isso é que teve sucesso! E eu que sou um bocado imbecil, e tenho um discurso algo limitado, farto-me de dizer estas coisas! E agora? Já não posso?! Quer dizer, até aqui não dizia nada de jeito, a partir de agora... não digo nada! Depois fico chateado concert... pronto,já sei, já sei...

postado por Marco @ 19:15

AHHHHHH! Agora percebi.

postado por H. E. Grupes @ 12:47

Publicidade II

Estava eu hoje muito descansadito a andar na rua quando, de repente, sou abordado por um fiel leitor do nosso Calhambeque, que me diz: "És uma besta!"
Ora, como eu não gosto desse tipo de intimidades, resolvi mesmo ali o assunto e preguei-lhe um valente soco no meio das narinas.
Duas horas depois, quando finalmente recuperou a consciência, o leitor pediu desculpas e explicou-se melhor: "Oh pá... então tu não tinhas prometido que ias concluir aquela tua dissertação sobre spots publicitários? É que já lá vão uns tempitos e, até agora, nada!"
Foi nessa altura que eu disse: "Eh pá... sou mesmo uma besta!"... E como não gosto desse tipo de intimidades, estive mesmo para me mandar um soco a mim próprio, mas depois lembrei-me que podia doer um bocadito e achei melhor não.

Agora que já acabei com a parvalheira, passemos então ao que interessa.
Se bem se lembram, dizia eu aqui que a publicidade de hoje em dia é bem diferente do que era antigamente e que é possível encontrar coisas bem bizarras nos spots publicitários actuais.

Uma das coisas mais surpreendentes é o apuradíssimo sentido de realismo que alguns destes anúncios têm.
Num anúncio de uma conhecida pasta dos dentes, um casal está calmamente a andar de barco quando se depara com um castor que tem uns dentes tão brancos que conseguem mesmo encandear os pobres viajantes. Como se isso não bastasse, este pseudo-castor-mutante vira-se para eles com a maior das naturalidades e sai-se com um "Olá!".
Ora bem... A reacção de qualquer pessoa normal perante uma situação destas seria exclamar algo do tipo:

"PORRA! Um castor que fala?! Bem... deixa-me levá-lo comigo para casa e pode ser que ainda ganhe umas coroas a vendê-lo ao circo Chen!"

Mas não... O que acontece no anúncio é que aquelas duas almas lhe resolvem FALAR COM ELE e perguntar como é que ele tem os dentes tão brancos... Há gente internada em hospícios por coisas bem menos graves que andar a falar sobre saúde oral com castores!

Outro reclame ao qual acho muita piada é o da dona de casa solitária que está a olhar para a sua roupa suja quando, de repente, é surpreendida por um fulano com cara de pacóvio que aparece vá-se lá saber de onde e que lhe tenta impingir um detergente milagroso para a roupa! Qualquer boa mulher de família se assutaria com a situação e mandava com uma frigideira ou qualquer outro utensílio de cozinha na cachola do tipo... Mas esta não... Esta acha só engraçado!
MAIS... O fulano ainda tem a lata de pegar na senhora e levá-la para o interior das fibras da roupa para lhe mostrar como o minúsculo ser alienígena que habita dentro dos detergentes é capaz de comer toda a sujidade e deixar a roupa limpa!
Um coisa que gostava de ver era como é que a mulher ia contar tudo isto ao marido quando ele chegasse a casa do trabalho:

Marido: Querida! Cheguei! (todos os maridos dizem isto quando chegam a casa, não é?)
Dona de casa: Olá querido! Nem imaginas o que me aconteceu!
Marido: Então diz lá...
Dona de casa: Olha, apareceu aqui um homem muito jeitoso, pegou na minha roupa e levou-me para o dentro dos lençois e mostrou-me o bichinho dele que come tudo! Foi maravilhoso!

Como podem calcular, isto não ia soar nada bem ao marido, meus amigos....

Para finalizar, queria só falar daquelas marcas que insistem em fazer de conta que os seus produtos contêm substâncias "cientificamente testadas" que são importantíssimas para a saúde. As coitadas das pessoas menos informadas acabam por cair nessas histórias e acham que estão a dar um grande contributo para as suas vidas ao beber iogurtes com 10 mil milhões de L. Casei Imunitass (seja lá o que isso for).

Zé: Ó Tóni... que é que tás praí a bubere?
Tóni: É um iogurte novo que a minha Maria me comprou.
Zé: E isso presta?
Tóni: Eh pá... sabe a esterco de mosca apodrecido ao sol, mas tem 10 mil milhões de L. Casei Imunitass, por isso deve fazer bem!

E quem fala de iogurtes, fala de champôs, como aquele novo que apareceu agora que tem, imaginem, AMINOÁCIDOS! É incrível! É fantástico! É inovador!!!
Segundo estes senhores, o seu produto tem muitos aminoácidos (essa coisa raríssima) e por isso é capaz de reparar os cabelos das senhoras...
Queria só deixar aqui uma dica para todas a senhoras que me estão a ler:
Os aminoácidos são os componentes básicos das proteínas... Ora, se bem se lembram das ciências que deram na escola, uma das coisas que também tem muitas proteínas é a carne...
Conclusão: Metam a porra de um BIFE na cabeça que vai dar ao mesmo e fica mais barato!!!

postado por Johny @ 00:15