Radiofilite Crónica
Aviso: Post enorme, ler em duas ou mais vezes para evitar cefaleias ou mal estar
De certo já sentiam a minha falta!!!!!!!!!
Pois é, tive que me ausentar por uns tempos, precisava de pôr a soneca
O problema de que vos vim falar hoje é, para além de muito sério, de extrema urgência uma vez que põe em causa a saúde de vós, mas principalmente … dos vossos rádios. É isso mesmo. Ouviram bem!!!! Os rádios de Portugal estão a ser infectados a uma velocidade incrível, e o pior é que após a primoinfecção (1ª infecção para os menos letrados nestas andanças médicas), caso não seja feito um tratamento intensivo e sem interrupções, o vosso rádio corre o risco de passar a apresentar sintomatologia recorrente que, para além de o debilitar grandemente, tem o inconveniente de poder ser incomodativo para si. Tal situação tem tendência a tornar-se crónica e sem outros tratamentos que não paliativos.
Assim, na minha parca opinião, aconselho vivamente que sejam tomadas medidas extremas caso o seu rádio (todo e qualquer, quer seja auto, ou de mesa, ou portátil) passe apresentar um ou mais dos seguintes sintomas que passo a descrever:
- Repetidite Persistentis: Passar musica X de tipo lamechas mais de 10 vezes na manhã ou tarde, sendo que o sintoma não é tão frequente de noite, altura em que o paciente tem uma ligeira melhoria. Este é, sem dúvida, o sintoma mais frequente.
- Limitações evolutivas: No espaço de meses, apenas passar, incessantemente, a música Y de uma dada banda mesmo que essa banda tenha lançado músicas mais recentes ou de melhor qualidade entretanto. Uma variante recorrente deste sintoma é quando ele é acompanhado por uma única, quando muito duas ou três, passagens da nova música, seguida do retorno à instalada primariamente mesmo que a nova música seja tão boa ou melhor que a primeira.
- Limitações de aprendizagem de diferentes disciplinas: Passar músicas de umas 5 ou 6 bandas, pontuadas por uma ou outra música de outra banda qualquer, muitas vezes de qualidade dúbia.
- Berborreiite repetitiva: Noticias e comentários feitos por locutores que, claramente, ou não têm voz para rádio, ou não conseguem fazer comentários a um nível humano apreciável, por vezes nem sequer a um nível vegetal aceitável (e as plantas não falam).
- Inoportunite repetitiva parva: Interrupção sistemática da única música decente que passou toda a manhã/tarde por comentários parvos, desnecessários e, para além de não terem conteúdo, perfeitamente inoportunos.
Assim, se o vosso rádio contraiu algum destes sintomas, causados pelo uso de estações de rádio que não foram devidamente inspeccionadas pelo Ministério da Saúde (há que ter fé), é urgente que leve o seu rádio ao veterinário para que seja tratado e correctamente vacinado.
Se o seu rádio tiver Leitor de CDs com ou sem capacidade de leitura de mp3 ou, em último caso, leitor de cassetes, é aconselhado o seu uso intensivo, já que melhora significativamente a qualidade da música que o seu rádio emite e ajuda a prevenir uma nova infecção. Renovar o stock de cassetes e CDs permite um funcionamento mais eficaz e evita a perda de interesse, por parte do dono e do rádio, no tratamento.
Quanto aos rádios sem tais mecanismos, o utilizador deverá seleccionar com grande escrutínio as ondas de rádio com que o seu rádio poderá contactar, e, caso ocorram infecções recorrentes, é aconselhado o abate em instalações especializadas.
Devido à facilidade que existe em determinadas infecções saltarem de espécies, tenha cuidado. Caso passe a apresentar gosto, aceitação ou prazer relativamente aos sintomas acima referidos é provável que tenha sido infectado. Consulte já um especialista e, se não conseguir encontrar um, pode entrar em pânico e gritar como uma menininha histérica, se for homem, se for mulher basta gritar normalmente.
Já agora, o facto de eles próprio se terem submetido às ondas de rádio projectadas por rádios infectados é de um altruísmo sem precedentes. Estarei para sempre grato por este grande gesto humanitário que, por certo, ajudará milhões, quiçá, biliões de humanos e rádios por esse mundo fora.
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