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domingo, outubro 09, 2005

Politiquices

Capitulo I – “Só Ares”

Não é bem assim que o famoso autor da frase emblemática “mónámi mitram” se chama, mas bem podia ser.

O homem sempre disse que o que ele gostava era de viajar, e não é que é verdade. Ainda mal se restabeleceu da sua amnésia…ahhhh, sobre o que era mesmo??? Ah, aquela coisa do ordenado de Euro-deputado que o coitado do homem não conseguia lembrar-se que tinha recebido e que depois não declarou às finanças. Esta história acabou bem, com uma pequenina ajuda o homem lá se lembrou e decidiu tratar de tudo com as finanças, sabe-se lá porquê nesta altura!!. Como eu ia a dizer, ainda mal se restabeleceu da sua amnésia, e já o candidato às presidenciais decidiu viajar para o Brasil, segundo ele para ir comer uma boa picanha à brasileira com os seus milhares de amigos luso brasileiros. O facto deles serem potenciais tansos, desculpem, eleitores, não tem nada a ver com o assunto.

Resta saber se Soares estará em Portugal na altura de eleição, e se alguma vez recuperará da amnésia em relação aos dentes de marfim e diamantes que a sua fundação recebeu há uns anos atrás…


Capítulo II – “Cavaco, não comenta?”

Cavaco, o Mito, o Ícone, o Homem, o Líder, recusou-se a comentar o “caso Felgueiras” (ou “Felgueirasgate” pós amigos) alegando que, apesar de estar intrigado como qualquer outro português (não faça isso Prof. Dr. Cavaco Silva, o senhor é um Senhor e não um português qualquer) não percebia muito de jurisdição para poder afirmar o que quer que seja.

Isto deixa-me profundamente, entristecido.

Onde está o Homem que nunca se enganava e raramente tinha dúvidas?Onde? Isto é uma verdadeira tragédia!! É o Apocalipse! Hmmmm!!! Espera lá!! Pensando bem, acho é que o jornalista o apanhou numa das raras ocasiões em que tinha dúvidas. Isto é que é “timming”.


Capítulo III – “Felgueiras também é gente”

E quando já todos parecíamos perceber um bocado de política eis que aparece uma candidata à Câmara de Felgueiras. Nem mais, nem menos que a “autoexilada” Fátima Felgueiras. Não o fosse o facto de ter o nome da “pacata terra” na qual concorre, poderia jurar que o que lhe dava vantagem nas sondagens era o facto de já ter sido apanhada no acto de “desfalcagem” (não quero usar o termo técnico sob pena de estar a influenciar o Julgamento – é aquela coisa da pressão dos média). É que, como toda a gente sabe, para se poder fazer algo pelas pessoas que nos elegeram, pelo menos no que toca às autarquias, é necessário conseguir verbas. Tendo em conta que o pessoal que está nos altos cargos ministeriais é, nas sua grande maioria, um bando de forretas, atrevo-me mesmo a dizer, uns unhas-de-fome, a capacidade de furtar grandes somas, seja de onde for é sempre um ponto a favor.

É por isso que eu acho, que Fátima não é culpada, trata-se apenas de uma jogada politica para garantir a eleição. Senão vejam:

1º- Tem um nome relativamente fácil de decorar, e que permite slogans do género: “Vote Felgueiras, um voto na terra”

2º- O facto de ter sido acusada de “ter desviado fundos” tornou-a mediática sem ter que aparecer num “Big Brother” ou “1ª Companhia”

3º- O facto de ter pedido imunidade de candidato impede que seja julgada pelo que nunca se saberá antes das eleições que ela é inocente (foi por isso que voltou, para evitar que a verdade da sua inocência venha ao de cima)

4º- Toda a gente acha que ele é uma ladra e que, portanto, deve ser uma grande política

Venham-me agora dizer que a “gaja gamou alguma coisa”, andem lá!!!!



Fim do 1º Volume