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sábado, janeiro 29, 2005

Candidatos e blogs 1 (isto é como a duracel, dura...)

Pois é meus companheiros de viagem e dignos leitores. Vocês sabem que eu até nem sou muito de políticas e que tenho tanto amor partidário como o Salazar tinha amor pela democracia (bem lá no fundo, mesmo..., mas mesmo no fundo, ele adorava-a, até vos posso dizer que a orquestração do golpe de 25 de Abril de 74 foi planeado por ele. Mas eu depois elaboro melhor esta bombástica revelação). Mesmo assim não consegui resistir e decidi ir dar uma vista de olhos aos blogs dos candidatos a primeiro-ministro mais badalados do momento.

O que se seguiu foi um misto de horror, espanto, êxtase e Stand-up (quem diria que estes “gajos” até tinham jeito para fazer rir).

Passo a explicar:

Comecemos então por falar, e isto sem ordem especifica ou favoritismos, de Jerónimo de Sousa (acho que ele é do PCP ou coisa assim).

Ora, este candidato apresentou o seu primeiro post a 25 de Janeiro do corrente ano.

Ele diz que se encontrava hesitante em fazer um blog (pelas razões que o meu amigo Bruce já explicou e que são obvias) porque queria que não destoasse da qualidade média de um típico blog. Ora, eu já sei que um blog vive principalmente do que lá se escreve e não tanto do que lá se vê, mas porra… não era preciso exagerar. O fundo tem por função ferir os olhos ao leitor (é branco) evitando que ele consiga realmente ler o que lá se “posta” (deve ser para alguém pensar que o que lá está é inovador). As letras são minúsculas, especialmente o nome do autor (jeronimodesousa) – pessoalmente acho que é para não ser associado ao que lá foi escrito (o quê? Eu escrevi isso? Veja bem a ver se o meu nome lá está).

Depois da forma, o conteúdo:

-1ª ideia inovadora – Aborto, despenalização (onde é que eu ouvi isto antes… Ah foi nos discursos do PCP e do bloco de esquerda, mas já chegaremos a esse). A verdadeira novidade está em que este dirigente que é a favor do proletariado, do povo, acha que a decisão deve ser feita pelos partidos em vez das pessoas, por ser um assunto muito sensível e, como toda a gente sabe, nós o povo somos um bando de incapazes no que toca a decidir o que quer que seja, por isso, eles, na sua magnanimidade decidem por nós.

-2ª ideia – A palavra nazi-fascismo. Não é por nada mas acho que ele a inventou, ou então quis só complicar, porque ninguém saberia do que se estaria a falar se se usasse a expressão nazismo, não é?

Mas o homem continua e a única razão pela qual eu não faço o mesmo no que toca a este candidato é que tenho mais que fazer e não quero estragar-vos as surpresas que por lá aparecem.

amanhã mais um ...